quarta-feira, 20 de abril de 2011

Publicidade…há quanto tempo?

(parte I: dos primórdios ao século XIX)
O termo Publicidade tem origem no latim publicis, que designa a qualidade daquilo que é público, a difusão, a divulgação…
As primeiras tabuletas publicitárias foram encontradas em Pompeia, na Itália, com referências, entre outras coisas, a combates de gladiadores e a casas de banho públicas.
Entre as mais variadas formas de Publicidade encontra-se também o pregão, a famosa forma de anúncio em voz alta, que aparece ainda antes da Idade Média, para vender escravos, gado…

 


Com o aparecimento da Imprensa, há uma enorme evolução da Publicidade: o primeiro cartaz publicitário, anunciando uma manifestação religiosa em Reims (França), data de 1482. Nestas épocas, a comunicação de massas era caracterizada pelo uso de símbolos, nos cartazes (do género de letreiros), para que a compreensão da mensagem estivesse acessível a todos.

Já no século XVII, surge o Bureau d’Adresses de Théophrast Renaudot, o núcleo de origem da Gazette e do regime do «pequeno anúncio». Ainda neste século, em 1657, aparece em Inglaterra o Public Advertiser, cujo principal objectivo era a publicidade. Uns anos mais tarde, em 1702, surge o Daily Courant, o primeiro diário da história da Imprensa, que conta com um elevado número de anúncios. Em 1730, surge o Daily Advertiser, como um jornal de anúncios, mas que rapidamente se torna no maior jornal da cidade londrina.

Com o século XIX (e sobretudo na segunda metade deste século) assiste-se a uma nova fase na Publicidade: em Inglaterra, primeiramente, e posteriormente em França, assiste-se a um boom de publicidade nos jornais. É também neste século que surgem as primeiras agências de Publicidade, na Europa e Estados Unidos da América (a primeira agência de publicidade norte-americana surge em 1841, fundada por Volney Palmer).
A Revolução Industrial revelou-se essencial no desenvolvimento desta forma de comunicação de massas. Nesta época, verifica-se uma transição de um discurso meramente funcional (de cariz informativo), para um discurso simbólico (de carácter persuasivo), passando o termo Publicidade a assumir a acepção que lhe damos nos dias de hoje. Do mesmo modo, as práticas publicitárias passam a ser determinadas pela lei da concorrência.

3 comentários:

  1. Olá, gostei muito do blog. Acho muito intessante dar acesso à história da comunicação para pessoas que não são estudantes da área.

    Parabéns!

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  2. A evolução da hamanidade se deu, em parte, pela necessidade de comunicação. É muito importante estudar a evolução histórica e cultural da civilização.Mas esse estudo se torna possível porque sempre se buscou uma forma de registrar os feitos.O ser humano, com a sua necessidade de expressão, precisa buscar formas cada vez mais apuradas de se fazer ouvir e entender. Acredito que a publicidade assim como o jornalismo, tem a capacidade de servir de crônica para cada tempo e seu pensamento dominante e de relatar comportamentos próprios de um determinado grupo social. A comunicação em geral informa, presta serviço e muitas vezes transgride e, porque não dizer, alegra e ratifica tendências. O blog está muito bem feito.

    Viva a comunicação!

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  3. Anonimo,
    obrigada pelo comentário. Volte sempre.

    Mabelle,
    Obrigada pela sua participação, queremos ver muitos comentários seus por aqui. Mais uma vez, obrigada.

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